São Paulo – Movimentos que lutam pela ampliação da oferta de moradia a populações pobres veem como positiva a mudança no comando da Caixa Econômica Federal (CEF). Nesta quinta-feira (24), a Rede Brasil Atual obteve a confirmação de que Maria Fernanda Ramos Coelho deixaria a presidência da instituição para dar lugar a Jorge Hereda, vice-presidente de Governo do banco.
Benedito Roberto Barbosa, da Central de Movimentos Populares (CMP) de São Paulo, lembra que o novo presidente sempre manteve um bom diálogo com os ativistas. “O Jorge (Hereda) sempre teve contato conosco, é até mais próximo da gente (do que Maria Fernanda)”, afirma.
Hereda é visto como um conhecedor das “raízes” do problema habitacional do Brasil, segundo Sidnei Antônio Pita, da União Nacional por Moradia Popular (UNMP). “Todos do movimento conhecem o Jorge Hereda, ele tem um outro perfil, um perfil mais próximo da gente”, reforça.
Para Pita, a chegada do novo presidente pode ajudar a resolver dificuldades sentidas pelo movimento. “A Maria Fernanda tinha o seu perfil, até veio visitar uns movimentos nossos, mas a gente precisa que o presidente (da Caixa) acelere (a liberação dos) recursos e diminua a burocracia”, reivindica.
Em alguns estados, como Bahia, Maranhão e São Paulo, os ativistas afirmam esbarrar em dificuldades da burocracia, atribuídos a funcionários que atrasam o processo. “A questão técnica atrapalha todo o processo que vem acontecendo desde 2009″, criticou, em alusão ao programa Minha Casa, Minha Vida, criado naquele ano.
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